Desde a última segunda feira, o Brasil vive numa grande expectativa em relação ao desfecho que poderá ter o julgamento do pai e da madrasta da pequena Isabella, que eles culpados ou não, foi brutalmente e estúpidamente assassinada. Foi o casal? Foi um terceiro que estava no apartamento. Difícil de se saber. As evidências são de que foi o casal que a assassinou. Parece-nos ser difícil de perceber o contrário. Seja lá como for, para quem é acadêmico de direito, advogado que não atua no crime, como é o caso deste colunista, é uma excelente aula prática de direito penal e de direito processual penal. Ficamos felizes em ver pela TV, jovens acadêmicos de direito madrugarem para ter um espaço para assistir o juri. Se firmarão na área do direito penal. O que discordamos e nos indignamos é assistir que pessoas que nada tem a ver com a família e nem com o direito, ficam aos empurrões no pátio do fórum de Santana, com faixas e cartazes, xingando o casal e porque não dizer tumultuando o juri, inclusive com a bestialidade de agredir o advogado do casal. É o cúmulo da ignorância, pois o causídico está a cumprir sua missão de defensor e ninguém tem o direito de impedir. O casal tem o direito de contratar defensores, pois afinal, insistem em dizer que foi uma terceira pessoa que praticou o crime. E quem duvida que tenha sido uma terceira pessoa? Insistimos: as evidências são de que foi o casal que assassinou a pequena Isabella, mas ninguém de nós tem nada a ver com isso! A justiça está cuidando do caso e o juiz posicionando-se como um exemplo de juiz. De que adianta as manifestações do povo neste momento! A pequena se foi! A mãe dela sofre muito e quiça o próprio pai. Então porque tanta baderna? A justiça não se faz com baderna, com sensasionalismo, mas sim com a aplicação das leis. Não é um cartaz xingando este ou aquele, que condena, mas sim a lei, e neste caso será o corpo de jurados que vai dizer quem são os culpados ou os prováveis culpados. Caberá ao juiz presidente do juri aplicar a pena, que será com certeza justa. Ninguém deve divertir-se às custas do alheio, afinal estamos lidando com coisa muito séria. Os cartazes nos dão idéia de festa e não remetem ninguém a refletir sobra a falta de temor a Deus.